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sábado, 5 de setembro de 2009

A Crise que se chama “Sarney”

A Crise que o Senado vem vivenciando, tem por principal protagonista o Senador José Sarney eleito Presidente da Casa pela maioria dos senadores em votação do Senado.
O Governo Lula, para levar a cabo os projetos defendidos pelo PT e sua base aliada + a esquerda, só tornou viável o apoio do Senado para a execução dos projetos de governo, abrindo espaço no Governo para forças políticas da Oligarquia opostas à sua doutrina, O PMDB, sendo o partido que possui maior representatividade no Senado e se apresentando como defensores dos direitos da maioria, embora adversário do ponto de vista doutrinário, é um dos partidos de oposição doutrinária que participam da base de apoio ao governo. Este partido e formado por um conjunto de grupos que disputam internamente a supremacia no Partido não por uma questão ideológica, mas com o objetivo de lhe atribuir uma maior “fatia do bolo” na administração do governo federal.
A questão é que se fosse qualquer desses grupos que a esquerda viesse a negociar, corre-se o risco de ter que conviver com escândalos dessa natureza.
Todos nós sabemos e conhecemos o “velho coronel” maranhense, com praticamente todos os vícios coronelísticos que caracterizaram a Velha República, acaba sendo motivo para esses tipos de escândalos, daqueles que vem historicamente, se beneficiando do poder público. Uma prática considerada, hoje pela opinião pública, um crime que não se pode deixar os responsáveis impune.
Certamente que uma crise dessa natureza com os representantes do partido da base de apoio, é motivo para que a oposição que “ontem” eram aliados do Sarney, inclusive defendendo as mesmas posições, procurar obstruir o governo de Lula, com um só objetivos: vantagens no campo político mas sem levar em conta os interesses da sociedade brasileira, num ato de completa irresponsabilidade pública.
O PT como Partido Político, rejeita toda e qualquer favorecimentos de espécie alguma no conjunto de sua corporação, mas acaba por conviver com escândalos dessa natureza em prejuízo de sua missão de mostrar o exemplo de como temos que proceder no exercício do governo.
Se o governo perder este apóio no senado, terá que buscar em outro grupo que pode ser até mesmo no seio do PMDB, para dar continuidade ao seu projeto de governo. Novamente estará correndo o risco de ver seus objetivos obstruídos por outro escândalo semelhantes.
Mesmo sofrendo estes desgastes, o PT não pode admitir que seja abafado irregularidades provocadas por representantes dos partidos de apoio. Assim como não admitimos corruptos no interior do nosso Partido. Por isso compreendemos a angústia do Senador Mercadante.
Precisamos entender que o Presidente Lula, considera que trocar seis por meia-dúzia não vale a pena. Com isso nós não concordamos. Todas as lideranças petistas deveriam em solidariedade ao Senador Mercadante, deixar os cargos que ocupam no governo dando um exemplo de combate a corrupção.
É isso!

Um comentário:

Matheus Brum. disse...

Parabéns pelo post. É uma das manifestações mais sensatas que li nestes últimos tempos. Fico contente em ver que o partido dos Trabalhadores ainda tem trabalhadores, e ainda tem ideologias e pessoas coerentes.