O Rio Grande do Sul, por esta época, nada era. Existia em alguns mapas, desde Gaspar de Viegas que assinalou a Barra ou Porto de São Pedro, em 1534, conforme o "Diário de Navegação" de Pero Lopes de Souza. Mas jamais Portugal se preocupou em ocupar definitivamente esta 'porção rica e saudável" das terras brasílicas. Caindo sua coroa em poder da coroa espanhola, em 1580, os Felipes, com duplo cetro, resolveram agir diferentemente, ocupando todas as terras através das missões jesuíticas. Antes da queda da coroa portuguesa, haviam ido os jesuítas portugueses para o Paraguai, fundar missões, missões estas que, logo após o domínio, se transformaram em poderoso meio de penetração, já que, aos jesuítas espanhóis ordens especiais eram dadas: além da catequese propriamente dita, deviam eles educar, os indígenas na "arte da guerra". E, em 1620, em alvará datado de Madrid, El Rei D. Felipe III, deu à até então denominada "terra de ninguém" entre São Paulo e o Rio da Prata, o título de "Capitania Del'Rei" mandando, em 1626, seu sucessor, ordens aos jesuítas para que ocupassem as margens orientais do Uruguai, instalando aí novas reduções que foram o rnício dos Sete Povos.
Era essa, unicamente, a vida humana civilizada que existia no Rio Grande do Sul quando Cristóvão Pereira de Abreu começara sua vida de tropeiro contratador de couros, mesmo depois da libertação de Portugal. Em suas sempre bem escritas cartas às autoridades, Cristóvão Pereira de Abreu, contava a respeito da terra e da gente existente entre Laguna e Colônia do Sacramento, sempre agitada e ora em poder de espanhóis, ora de portugueses.
Era essa guerra constante originada pelas teorias das fronteiras naturais que Portugal queria fossem as águas do Rio da Prata, enquanto a Espanha dizia que eram as do Rio Uruguai, desde suas nascentes no rio Pelotas.
Finalmente, com a criação do núcleo da Barra do Rio Grande, fundado por Silva Pais, pode Portugal. isto é: as forças luso-brasileiras, tendo à frente esse grande fronteiro que foi Cristóvão Pereira de Abreu, tomar outro rumo, iniciando a conquista da terra, desde aquele baluarte.
A fundação do forte Jesus-Maria-José, na barra do Rio Grande, foi obra de Cristóvão Pereira de Abreu que de tal forma se portou que parecia antigo professor de armas.
E assim, na vida inicial do Rio Grande do Sul seu vulto adquiriu proporções de gigante, pois seu aparecimento no cenário sul-rio-grandense, em princípio de elaboração, adquiriu verdadeiro sentido de conquista da terra e deu forma ao povoamento inicial da terra.
Historiadora Marisa Oliveira Guedes.
Foto: Vitorino Mesquita, quadro do Forte de Montevidéu. No mapa a Lagoa dos Patos aparece com o nome de Lagoa do Rio Grande.
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Era essa, unicamente, a vida humana civilizada que existia no Rio Grande do Sul quando Cristóvão Pereira de Abreu começara sua vida de tropeiro contratador de couros, mesmo depois da libertação de Portugal. Em suas sempre bem escritas cartas às autoridades, Cristóvão Pereira de Abreu, contava a respeito da terra e da gente existente entre Laguna e Colônia do Sacramento, sempre agitada e ora em poder de espanhóis, ora de portugueses.
Era essa guerra constante originada pelas teorias das fronteiras naturais que Portugal queria fossem as águas do Rio da Prata, enquanto a Espanha dizia que eram as do Rio Uruguai, desde suas nascentes no rio Pelotas.
Finalmente, com a criação do núcleo da Barra do Rio Grande, fundado por Silva Pais, pode Portugal. isto é: as forças luso-brasileiras, tendo à frente esse grande fronteiro que foi Cristóvão Pereira de Abreu, tomar outro rumo, iniciando a conquista da terra, desde aquele baluarte.
A fundação do forte Jesus-Maria-José, na barra do Rio Grande, foi obra de Cristóvão Pereira de Abreu que de tal forma se portou que parecia antigo professor de armas.
E assim, na vida inicial do Rio Grande do Sul seu vulto adquiriu proporções de gigante, pois seu aparecimento no cenário sul-rio-grandense, em princípio de elaboração, adquiriu verdadeiro sentido de conquista da terra e deu forma ao povoamento inicial da terra.
Historiadora Marisa Oliveira Guedes.
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