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sábado, 6 de março de 2010

Falta Educação


Por Matheus Brum.

Ta aí uma briga que eu ainda não havia comprado, ao menos oficialmente. Tenho muitos amigos, parentes, colegas e tal que são fumantes. Com aqueles mais chegados, já pude debater um pouco sobre a minha tese de que grande parte dos fumantes, não posso generalizar, acaba tornando-se um pouco mal educada. Eu sei, não é necessário ser fumante para ser mal educado, mas isso é outra história e, talvez, outro texto. Até o momento nenhum dos meus amigos, parentes, colegas fumantes conseguiram me provar o contrário. Continuo acreditando que grande parte dos fumantes são mal educados. 

Se prestarmos atenção a um varredor de rua e, principalmente, no que sua vassoura varre, veremos muitas baganas de cigarro. Não raro, tenho de desviar de baganas, ainda acesas, atiradas para onde aponta o nariz de algum mal educado fumante, enquanto caminho na rua. Na estação de trem, já repararam a quantidade de baganas que há em meio aos trilhos? Já vi pessoas fumando em paradas de ônibus, estações de trem, filas de shows, não importando pra eles se quem esta perto é ou não fumante. Gosto de chicletes e sempre guardo no bolso ou na mochila a embalagem deles. Quando acho uma lixeira, descarto. Duvido que algum fumante ponha no bolso sua bagana e a descarte somente em lixeiras. Não é a toa que as calçadas, os canteiros de flores e outras partes da cidade estão cheias de baganas. Tudo bem, nem todo mundo que come chicletes age da mesma forma que eu. Repito, não é necessário ser fumante para ser mal educado.

Talvez, alguns mais exaltados, possam reclamar de que faltam lixeiras ou outras políticas públicas para os que têm no tabagismo um prazer. Mas que governo irá estimular um dos fatores que proporcionam maior custo ao Sistema Único de Saúde?

Cada um é livre, paga seus impostos e gasta o seu dinheiro da maneira que bem entender. Não posso querer que simplesmente as pessoas parem de fumar, mas acho que um pouco de educação seria muito bem vinda.

Enquanto o país não investir em educação de qualidade, continuaremos sendo o país do futuro, com banda larga em locais públicos, praias e cidades sujas e pessoas mal educadas.

8 comentários:

João Carlos disse...

Matheus,

O problema é que a liberdade das pessoas não pode servir para prejudicar as outras. Não podemos em nome da liberdade poluir, destruir a natureza, comprometer a saúde dos outros. A mesma coisa acontece com a aplicação indiscriminada de agrotóxico nas lavouras. Quantas pessoas que conhecemos, ainda jovens, tem sido vitimadas pelo câncer em Mostardas. A incidência é cada vez maior e o cigarro não é o único culpado. O uso descontrolado de agrotóxicos também tem assassinados muitos por aqui.

Matheus Brum. disse...

João, a tua opinião vai ao encontro da minha. Complementas o meu texto.
Obrigado pela opinião.
Sugiro um texto seu sobre o assunto. Será muito interessante.

Prof. Álvaro disse...

Achei interessante o texto do Matheus, pois além de ser um aspecto de uma questão cultural-educacional, também é uma questão de limpeza pública e Mostardas tendo um grande potencial turístico torna-se relevante esse tema. Pois o turista chegando em nosso município e vendo a utilização indiscriminda de agrotóxicos e depois a sujeira urbana devido ao mau pensamento da coisa pública a tendência é este visitante não voltar mais.

Matheus Brum. disse...

Álvaro, só pra se ter idéia, no Japão quem for pego fumando na rua acaba multado. No Brasil, começando em São Paulo com o governo José Serra, uma lei bem mais suave que a Japonesa foi classificada como ditatorial, pois, no pensamento de muitos, feria a liberdade dos fumantes.
Vai entender!
Concordo com vocês na questão dos agrotóxicos. Tem-se utilizado muitos agrotóxicos. Este um problema mais complicado de se resolver, pois os alimentos ditos saudáveis chegam as prateleiras bem mais caros.
Acho interessante aprofundarmos este debate.

Prof. Álvaro disse...

È verdade Matheus, mas temos um abismo entre a questão educacional-cultural do Japão para o Brasil. Temos que entender que as coisas não se resolve somente com uma lei, como no tempo da monarquia antiga. Podemos dar o exemplo da questão da Mulher mesmo com a Lei Maria da Penha a violência contra elas não diminuiu. Sei que sem a lei as coisas ficam piores, mas elas não funcionam por si só, deve existir um debate para que qualquer lei seja melhor absorvida pela população.

Matheus Brum. disse...

Concordo contigo Álvaro, porém acredito que legislação é o primeiro passo, o segundo é fiscalização para que ela se cumpra, falo de estrutura política, administrativa e jurídica para que ela se cumpra. O que não se pode é pré-conceituar como monarquicas leis que beneficiem inclusive os que serão afetados por ela, isso sim seria o mau pensamento da coisa pública.
Obrigado pelo debate qualificado!
Forte Abraço!

Prof. Álvaro disse...

Matheus eu também agradeço pelo debate qualificado e gostaria sempre fosse assim, Concordo que tem que ter a lei (como coloquei) até porque não se pode cobrar nada sem a lei. Quando eu coloquei leis monárquicas foi no sentido que as leis deveriam ser no mínimo expostas a população. Os monarcas antigos agiam assim, colocavam a lei e queriam que ela funcionasse na marra e as coisas não podem ser assim, porque senão voltamos a que um manda e o resto obedece. Achei a lei interessante, mas sem um debate e uma educação não funciona.
Por exemplo: foram criadas auto-escolas para termos motoristas mais preparados e diminuir os acidentes, mas não se mexeu na questão educacional-cultural e comportamental. Os acidentes não param de gerar mais e mais vítimas fatais.
Forte abraço.

ProfessorPedroMassari disse...

Matheus,

colocar uma bagana no bolso deve produzir um fedorão danado!

Não dá! Existem, porém, e eu já vi, cinzeiros com tampa para serem carregados nas bolsas - e hoje os homens também carregam consigo algo que se assemelhe a elas -, de modo que o fumante guardaria ali suas baganas, evitaria o fedor no bolso e a poluição generalizada.