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sábado, 20 de agosto de 2011

Para conter queda dos preços, governo comprará arroz para utilização em ração animal


Publicamos a notícia a seguir, publicada na página do Instituto Rio Grandense do Arroz - IRGA, pois é importante destacar e discuti-la em nossa comunidade, pois a medida anunciada pelo governo poderá ajudar a reverter ou atenuar os efeitos na economia local da queda do preço do arroz:

Com a determinação de garantir o preço mínimo do arroz, o Governo Federal, em conjunto com o Governo do Estado, anunciou nesta segunda-feira (15), em Porto Alegre, a autorização de leilões para compra de arroz para utilização em ração animal. O anúncio foi feito pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, durante reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, realizada no Palácio Piratini. Está previsto o investimento de R$ 60 milhões para o escoamento de 500 mil toneladas do grão tipos 2 e 3 dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


Pela modalidade Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), os leilões devem ocorrer a partir do final do mês de agosto e devem ser realizados a cada 15 dias, ofertando, em média, 100 mil toneladas por vez. O arroz será utilizado na composição de ração para aves e suínos em substituição ao milho.

O governador Tarso Genro parabenizou a mobilização dos produtores, declarando que foi um importante impulso para que se chegasse a esse resultado. "Somos um Governo democrático. Um Governo de toda a sociedade gaúcha. O setor arrozeiro é uma das principais espinhas dorsais da economia do Estado e terá sempre o nosso apoio", assinalou.

O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, declarou que esta ação conclui uma etapa de trabalho, que iniciou em fevereiro deste ano, com a reinstalação da Câmara Setorial do Arroz, pelo governador Tarso Genro, durante a interiorização em São Borja. Segundo ele, os grupos de trabalho formados por técnicos do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Emater e instituições de pesquisa e de ensino apontaram a possibilidade técnica e nutricional do arroz para utilização em ração animal, além da viabilidade financeira em substituição ao milho.

Mainardi destacou que a ação favorece três setores ao mesmo tempo: arrozeiro, avícola e suinocultor. "Além de ajudar a enxugarLink o excedente de arroz, a medida desafoga os setores de aves e suínos que vêm sofrendo pelo alto custo do milho", explicou o secretário.

Além de comemorar o anúncio da medida, o presidente do Irga, Claudio Brayer Pereira, realizou uma prestação de contas dos últimos seis meses, apontando os mecanismos e ações adotados pelo Estado e União até o momento. Pereira destacou a articulação do Governo do RS junto ao Governo Federal para a efetivação dos mecanismos de aquisição de arroz envolvendo 4,9 milhões de toneladas, com um investimento total de mais de R$ 1,1 bilhão.

O que é Pepro?
É uma subvenção econômica (prêmio) concedida ao produtor rural e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o Valor de Referência estabelecido pelo Governo Federal e o valor do Prêmio Equalizador arrematado em leilão, obedecida a legislação do ICMS vigente em cada Estado da Federação.

5 comentários:

Josué P. Martins disse...

Algúem pode me explicar porque os arrozeiros não plantam outra coisa se o preço está tão baixo quanto dizem?

Anete disse...

Quero tentar explicar ao Josué a pergunta acima.As terras mais férteis em Mostardas são terras de varzeas ou campos baixos,isto para o lado da Lagoa dos Patos,já para o lado do mar são terras arenosas que dá para plantar também,mas necessita de um investimento maior e de dificil irrigação.
Ocorre que estas várzeas de maio até setembro ficam cheias de água onde só dá para o gado,desconheço qualquer outra cultura que possa ser plantada nas condições que ficam os campos.Felizes de nós se pudessemos ter outra safra de qualquer tipo neste espaço de tempo,geraria mais emprego,traria mais riqueza ao municipio etc...
A cultura de Mostardas é de plantar arroz então já se têm muito investimento e se pararmos será um caos pra nós produtores e para a nossa cidade.,mas o preço do arroz é um problema tributário,mas isto daria um jornal se fossemos falar aqui.
O RS produz 65% da produção nacional de arroz, e se o RS não plantar o desabastecimento de arroz será mundial,por isso o governo está ajudando,interferindo na comercialização que é onde ele pode atuar e está fazendo muito bem.
Espero ter contribuido para esclarecer a tua dúvida,mas faço parte da Associação dos Arrozeiros de Mostardas e Tavares e se quizeres conversar mais a respeito estamos a disposição ali no Sindicato Rural onde funciona o Irga.

Nestor disse...

Valeu Anete. Eu também tinha essa curiosidade. Acredito que tudo que envolva a cultura do arroz é do interesse direto de Mostardas e região. Parabéns peo trabalho. Você realmente é uma pessoa diferenciada pela atuação em prol da nossa sociedade.

Anete disse...

Obrigada Nestor,as vezes as pessoas não se dão conta que tudo na nossa região envolve o arroz,não precisa estar dentro da lavoura,mas a lavoura que dá mais emprego e trás renda para o município,dá pra notar que quando a lavoura está em crise pelo fraco movimento dos bancos,lojas,etc...
Eu amo Mostardas,aqui é o meu lugar no mundo e vou sempre lutar para podermos ter o melhor independente de cor ou sigla partidária que estiver governando a nivel municipal,estadual ou até mesmo federal o que importa é a nossa gente estar bem.

OBS:Não sou candidata a cargo nenhum.

Matheus Brum. disse...

Nesse ponto, concordo plenamente com a Anete. Parabenizo pela ótima e resumida explicação. Impressiona-me ver, embora respeite opinião diferente, este repúdio aos arrozeiros e ceboleiros.Cinco quilogramas de arroz alimentam ua pequena família num mês e custam menos de 10 reais. pouquíssimos outros produtos de necessidade de uma família, utilizados num mês, conseguem ser comprados com 10 reais. Aqui nem contabilizo os superfulos.
O Brasil, este ano, vai distribuir mais de 265 milhões de reais para os partidos políticos (isso de maneira "licita") via fundo partidário. Provoco: o quê é mais importante, a permitir que o homem do campo continue plantando, gerando empregos, aquecendo a economia de regiões como a nossa ou os partidos políticos aparecerem na TV dizendo que graças a eles o Brasil é esta maravilha?