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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Notícias do Fórum Brasileiro de Educação Ambiental - Salvador - BA

O mostardense Jorge Amaro foi um dos destaques no VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, que ocorreu entre os dias 28 e 31 de março em Salvador - BA. Ele esteve lá representante a FADERS, Grupo Maricá, Reagi, REASul e ainda o PPGEDU da PUCRS.

Salas Verdes precisam de acessibilidade

Um dos encontros promovidos no VII Fórum Brasileiro de EA foi relacionado às Salas Verdes, projeto coordenado pela Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA), que consiste no incentivo a implantação de espaços com o objetivo de constituir-se num Centro de Informações Ambientais. A perspectiva deste projeto é a de potencializar espaços, estruturas e iniciativas já existentes em diversas instituições, como órgãos públicos (municipais, distritais, estaduais e federais), privados e do terceiro setor que já desempenham papel e realizam ações com a perspectiva de democratização de informações ambientais nas regiões e com os público com os quais atuam.

A Faders possui uma Sala Verde desde 2004, a primeira de Porto Alegre e pioneira no Brasil relacionada a atendimento direto a pessoas com deficiência.

Durante o encontro, Jorge Amaro, idealizador do projeto defendeu que é necessária a aproximação da educação ambiental com a acessibilidade. “se queremos espaços educadores sustentáveis, precisam acolher as diferenças e pensar medidas de garantia de acesso a todas as pessoas”.

O projeto, desenvolvido no Centro Abrigado Zona Norte agrega ainda o Laboratório de Educação Ambiental Inclusiva (LEAI), espaço que pensa medidas pedagógicas que possibilitem a participação de pessoas com deficiência plenamente em atividades de educação ambiental.

Amaro destacou ainda que o estado estará sediando, ainda este ano, um seminário que tratará sobre educação ambiental inclusiva, com apoio do Ministério da Educação e parceria Faculdade Cenecista de Osório (FACOS).

A Sala Verde de Porto Alegre teve apoio técnico do Grupo Maricá, assim como a de Viamão, idealizada pela Associação dos Recicladores de Viamão.


Espaço das Redes do Sul

REASul, ReaParaná, Linha Ecológica, Rede Gaúcha Integradora de Educação Ambiental, Grupo de Educação Ambiental da Internet são as redes do sul que estão no VII FBEA.

Em um espaço construído colaborativamente, as redes agregam uma série de entidades que estabelecem ações em parceria na consolidação da política nacional de educação ambiental brasileira. Jorge Amaro, do Grupo Maricá, é um dos atores sociais envolvidos neste processo. Segundo ele, “as redes são espaços horizontais, que constroem relações virtuais e presenciais, constituindo-se como espaços políticos importantes de diálogo e articulação da educação ambiental.” O Grupo Maricá faz parte da Apedema (Assembleia Permanente de Entidades Ecológicas do RS), da Reagi, REASul e Rebea - a Rede Brasileira de Educação Ambiental, considerada a “mãe das redes”.

A REASul foi criada em abril de 2002, e fortaleceu-se com a aprovação do projeto Tecendo Redes de Educação Ambiental na Região Sul financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e desenvolvido por 5 instituições gestoras: Duas universidades (UNIVALI - Itajaí - SC e FURG - Rio Grande - RS), 2 unidades do IBAMA (NEA-Florianópolis e CEPSUL - Itajaí) e uma OSCIP (MATER NATURA - Instituto de Estudos Ambientais - Curitiba - PR).

A REASul é uma rede social resultante da articulação coletiva de pessoas e instituições com objetivos compartilhados que conectam presencial e virtualmente educadores, pesquisadores, gestores de políticas públicas, técnicos e participantes de ONGs, OSCIPs e movimentos sociais.

O Maricá faz parte da rede desde 2005 e tem acompanhado todos os encontros e debates da educação ambiental brasileira, sendo protagonista nesta jornada, inclusive sendo hoje, membro da gestão da REASul.



Reunião da RUPEA

O VII FBEA organizando em Salvador Bahia, está debatendo vários temas da educação ambiental brasileira. Um tema que tem ganhado destaque no processo é a ambientalização do ensino superior, ou seja, como as universidades, faculdades, centros universitários e outros no âmbito desta modalidade de ensino estão implementando medidas em direção a sustentabilidade.
Estes foram os principais elementos do encontro da Rede Universitária de Programas de Educação Ambiental buscou debater em seu espaço no Fórum.

Jorge Amaro, estudante de mestrado da PUCRS, que pesquisa a sustentabilidade e a acessibilidade na universidade participou do encontro. Seu trabalho também está sendo apresentado em formato de painel, na área de pôsteres. “Além de analisar a sustentabilidade, estou buscando também identificar como o tema acessibilidade está envolvido neste processo. É preciso que estes espaços educativos internalizem a sustentabilidade em seus planos de desenvolvimento e políticas institucionais no currículo, gestão e extensão”

O trabalho desenvolvido por Jorge Amaro busca analisar a internalização da sustentabilidade no ensino superior, sendo que seu recorte específico é o campus da PUCRS, de Porto Alegre. O projeto é uma articulação com outras universidades, como USP, de São Paulo e UAM, de Madrid. O ensino superior tem uma grande contribuição a dar na disseminação da ambientalização, a partir de sua importância na formação da sociedade.

O projeto é considerado inovador pela perspectiva desafiadora de pensar os elementos de uma sociedade sustentável, articulando temas como inclusão, direitos humanos, diversidade e democracia. Amaro defende que se queremos avançar na perspectiva de uma educação transformadora, precisamos dialogar com as diferenças e a educação superior deve estar a frente deste processo.


Jornada Internacional de Educação Ambiental

Na última quinta-feira (29/03), o VII FBEA teve mais uma ação preparatório da Jornada Internacional de Educação Ambiental, que ocorrerá na Rio+20.

A II Jornada retoma o processo da I Jornada Internacional de Educação Ambiental realizado no âmbito da Rio 92/Fórum Global, na qual foi aprovado um pacto mundial para educação ambiental denominado Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global e busca construir uma rede planetária de educadores para Sociedades Sustentáveis.

O Grupo Maricá de Viamão participou do encontro através de seus associados Jorge Amaro e Magda Mello.

Conforme Amaro, nossa tarefa agora é organizar debates no estado para contribuir com o processo da Rio+20. Para ele, o processo de constituição e identidade da educação ambiental brasileira deu-se a partir do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Estaremos realizando estes debates nos próximos meses em Viamão.

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