Na madrugada de 16 de julho de 1840, ainda noite escura, uma força de 1200 farrapos, sob o comando direto de Bento Gonçalves, entrou em contacto com os defensores da vila (São José do Norte).
Estes eram constituídos de alguns batalhões de infantaria e pequena tropa de cavalaria, sendo comandante da praça o coronel Antônio Soares de Paiva.
Dada a escuridão da hora e o arrojo dos atacantes, a luta tomou logo o aspecto de um corpo-a-corpo feroz, em que o terreno conquistado ia ficando coberto pelos corpos dos combatentes que tombavam.
Quando o sol surgiu, dourando o espelho das águas mansas do canal, os defensores já se tinham retraído para o centro da vila, intricheirando-se nas casas, oferecendo uma resistência desesperada.
A posição dos imperiais era favorecida pelas águas que impediam um cerco completo e proporcionavam o recebimento de recursos por via marítima, e também pelo auxílio de dois barcos de guerra que metralhavam as posições dos atacantes.
Ia alto o dia e o combate continuava indeciso, quando José Garibaldi alvitrou: - "Mande incendiar a praça. É o único meio de conquistá-la." Ao que Bento Gonçalves respondeu: - "Nunca farei isso. Por esse preço não desejo a vitória!"
E mandou tocar a retirada.
Eram 10 horas do dia. O minuano que começara a soprar, repontando as nuvens na direção do norte, encrespava as águas do canal do Rio Grande.
Retirado do livro Rio Grande Heróico e Pitoresco, Arthur Ferreira Filho, Série História Gaúcha 2, Martins Livreiro Editor.
Estes eram constituídos de alguns batalhões de infantaria e pequena tropa de cavalaria, sendo comandante da praça o coronel Antônio Soares de Paiva.
Dada a escuridão da hora e o arrojo dos atacantes, a luta tomou logo o aspecto de um corpo-a-corpo feroz, em que o terreno conquistado ia ficando coberto pelos corpos dos combatentes que tombavam.
Quando o sol surgiu, dourando o espelho das águas mansas do canal, os defensores já se tinham retraído para o centro da vila, intricheirando-se nas casas, oferecendo uma resistência desesperada.
A posição dos imperiais era favorecida pelas águas que impediam um cerco completo e proporcionavam o recebimento de recursos por via marítima, e também pelo auxílio de dois barcos de guerra que metralhavam as posições dos atacantes.
Ia alto o dia e o combate continuava indeciso, quando José Garibaldi alvitrou: - "Mande incendiar a praça. É o único meio de conquistá-la." Ao que Bento Gonçalves respondeu: - "Nunca farei isso. Por esse preço não desejo a vitória!"
E mandou tocar a retirada.
Eram 10 horas do dia. O minuano que começara a soprar, repontando as nuvens na direção do norte, encrespava as águas do canal do Rio Grande.
Retirado do livro Rio Grande Heróico e Pitoresco, Arthur Ferreira Filho, Série História Gaúcha 2, Martins Livreiro Editor.
8 comentários:
Muito apropriado para o momento o texto,relatando um pouco de nossa história.
Bento Gonçalves,grande lider,que merece todas as devidas homenagens.
Homem de visão,defendendo ideais com muita sabedoria e bom senso.Sendo que os motivos de suas batalhas, são presentes até hoje.
Escravocrata!!!
BENTO GONSALVES, TRAIDOR,PEGOU CARONA DOS GRANDES EROIS, COVERDE, MAS NESTA REGIÃO É MIAS QUE NORMAL QUE O BENTO RECEBA SÓ ELOGIOS, SÓ VÃO CONTAR A PARTE BOA E CHAMÁ-LO DE REI, AQUI TUDO É POSSÍVEL, REVERENCIAR OS COVARDES ENTÃO REPRESENTA A VERDADEIRA CIDADANIA. O REGIÃO LITORÂNEA DA PARTE SUL AO NORTE DO LITORAL GAÚCHO TE ASSUME.
Bento Gonçalves pode ter sido grande líder dos mais ricos, mas defensor do povo e dos escravos nunca foi, haja visto a famosa batalha dos Porongos, nada mais foi que um acordo com os imperiais, onde os escravos levaram a pior.
Sempre se conta a história dos mais ricos e a visão dos mais ricos. E continua isso em Mostardas.
Só para esclarecer mais sobre Bento Gonçalves, claro que foi líder nas batalhas, como foi David Canabarro( O tal da Batalhas dos Porongos), entre outros, mais herói representando o povo, não.Cite uns livros sobre este assunto, se alguém quiser ler, eu empresto:
-Flores, Moacyr- Negros na Revolução Farroupilha;
- Fragoso, Augusto Tasso-A Revolução Farroupilha;
-Hasse, Geraldo e Kolling- Lanceiros Negros;
-Decca, Edegar- O Silêncio dos Vencidos.. entre outros todos da minha coleção.
Sobre os livros
A citação dos livros é de:
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