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terça-feira, 13 de julho de 2010

Professor luta pelo direito de lecionar


Formado em História, desde 2005, Aldrin se inscreve para tentar contratos emergenciais em escolas estaduais. Em setembro de 2009, ele preencheu uma proposta para contrato emergencial no site da Secretaria Estadual da Educação para a cidade de Mostardas. Segundo o professor, o chamado aconteceu em abril deste ano e a nomeação no Diário Oficial, no dia 11 de maio.

Após fazer a primeira biometria, Aldrin foi informado, verbalmente,  pelo médico que teria capacidade para a função, mas que não podia dar a liberação sem o exame oftalmológico. No dia 22, ele foi submetido a um exame oftalmológico e julgado inapto.

Mas o profissional garante ter condições de trabalhar.

É um assunto nosso. O professor Aldrin ministrava aulas em Mostardas.
Leia mais aqui.
Fonte: Diário Gaúcho
Foto: Andréa Graiz

7 comentários:

Anônimo disse...

Ora... Em um momento em que as políticas públicas de inclusão, estão aí, sendo divulgadas, juntamente com os direitos humanos, penso que o Aldrin deve recorrer até a última instância, inclusive para ser indenizado, além de reaver seu trabalho.

Aldrin disse...

A os meus 40 anos de idade possuo dois certificados de Ensino Médio um como Técnico em Administração e outro como Técnico em Transações Imobiliárias. Trabalho com carteira assinada desde 1990 e já realizei as seguintes funções: auxiliar de produção em empresa de alimentos; estagiei por dois anos (tempo máximo de estagio em 1990 a 1992) no CESEC Banco do Brasil; exerci atividades em arquivo de RH nas empresas Springer Carrier e Linck Máquinas Agrícolas; cheguei a ter escritório de vendas de imóveis na cidade de Canoas e trabalhei por 5 anos na companhia Zaffari de onde sai para assumir uma função como servidor municipal na cidade de Esteio. Em maio deste ano solicitei saída da Prefeitura na qual trabalhava como concursado para assumir a vaga de professor na cidade de Mostardas.
Hoje devido a preconceitos, falta de informações por parte médica, arrogância e entre outros motivos sou impedido a executar atividades nas quais sou formado. Atualmente faço Pós-graduação na UFRGS em Cultura Afro.
Pergunto:
Quais os critérios que levaram o Examinador Perito a considerar-me inapto?
Num Brasil do século XXI que fala em inclusão de alunos deficientes em sala de aula nas escolas públicas sem a o menos possuir o mínimo de acessibilidade, como o Estado pode excluir um professor que possui como ferramenta para o seu trabalho somente um óculos?
Sou e não nego tenho sim ima deficiência visual mas esta nunca foi obstáculo para o meu desenvolvimento e mais, nunca impediu-me de trabalhar.

Anônimo disse...

É isso aí, vc sabe q é capaz, Aldrin! Não desista de lutar, arrume um bom advogado, que esta causa é sua e de todos, que acreditam em um mundo melhor, com mais justiça e equidade para todos.

Jaci disse...

Caro Colega Aldrin
Não o conheço ainda, mas sou solidária contigo.Continue tua luta, que certamente sairás vencedor.
Sou também professora de História em Mostardas, conte com meu apoio.

ProfessorPedroMassari disse...

Meu Caro Aldrin;

o que acontece contigo não me parece novidade enquanto atitudes de um poder público que se contradiz na busca pela inclusão social e pela qualidade no Ensino Público.

Ora, querem que todos os professores que não são especialistas em Educação Especial tenham em suas turmas alunos com deficiências sejam quais forem. Muito bem. Concordo que estes alunos não devam mesmo ficar segregados,mas estarão coleguinhas, pais e a sociedade em geral preparados para tal inclusão?

Ainda quanto à inclusão, por que um Professor deficiente visualmente,não sendo cego, que pode ler, porque sou testemunha - eu mesmo sou deficiente, tenho uma forte miopia e um olho quase cego e às vezes preciso aproximar o texto mais do que o normal -, tanto que se formou, faz especialização na UFRGS, não pode lecionar História? Por que um professor que deixa seu emprego anterior, é contratado pelo Estado, vem para Mostardas, não tem o direito de ser um Educador que, com certeza, somará quanto à tão almejada "Qualidade na Educação Pública"? Por que este Professor não pode entrar em sala de aula, tendo tal deficiência,mas tendo a grande vontade de ser útil à juventude que vai às suas aulas e tece belos comentários?

Puro preconceito. Burocracia. Contratar primeiro, passar pela biometria depois, ser reprovado pelo médico perito que não assistiu a uma aula dele sequer.

Beethoven compôs obras mesmo tendo ficado surdo; Ray Charles cantava e tocava piano e era totalmente cego;Andrea Bocelli, cantor italiano, é cego; no Brasil, Ricardo Tadeu da Fonseca é nomeado desembargador do TRT da 9.ª Região e é cego; no Brasil, ainda, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, desenvolveu uma doença degenerativa dos membros e deixou-nos uma obra escultural magnífica.

Assim, a tal "inclusão social" e a tão badalada "qualidade da educação pública" no Rio Grande do Sul não passam de papéis belamente escritos e assinados - são apenas decorativos...

Assim, disso tudo só posso concluir que a Educação Pública neste Estado não é prioridade alguma.

Boa sorte! Estou contigo nesta luta!

Jaci disse...

E daí professor, como ficou sua situação?

Anônimo disse...

EMANUEL KJELLIN GUERREIRO

CREIO QUE O BRASIL DEVERIA SER DENUNCIADO NA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAUDE. O Brasil como nunca sabe forjar documentos importantes e deficultar a iserção de deficientes no mercado de trabalho e serviço publico. Quem não me garante que estes médicos perítos são pessoas orientadas pelo estado e municipio para dificultar a posse destes deficientes em concursos publicos municipais e estaduais.
É DEMAIS O QUE SE FAZ COM NÓS QUE TEMOS DEFICIENCIA.