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sábado, 22 de maio de 2010

Do livro do Guilhermino Cesar: História do RS

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Para dar cumprimento ao Tratado de Madrid de 1750, pelo qual a Colônia do Sacramento seria entregue à Espanha, em troca das missões dos Sete Povos, passou Portugal a promover, por intermédio de Gomes Freire de Andrade, medidas destinadas a aliciar povoadores para o Sul.
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Êsse transplante assumiu depois de 1752 o caráter de verdadeira operação militar, a fim de que por todo o Rio Grande se fixassem, antes de tudo, elementos leais à Coroa, os quais fariam, no momento oportuno, a grande caminhada no rumo das Missões. Há documentos que se ocupam do assunto sigilosamente, como quando Gomes Freire determinou que se concentrassem no Guaíba (Porto de Viamão, à época), os aventureiros paulistas que deveriam marchar juntamente com os casais, para assisti-los no seu novo lar.
Como quer que seja, a despeito de continuadas investigações, Borges Fortes, Aurélio Porto e Oswaldo R. Cabral não conseguiram apurar o número exato de casais entrados no Rio Grande. À falta de outros elementos, buscou Aurélio Porto nos livros de batismo do Rio Grande, Porto Alegre, Rio Pardo, Santo Amaro, Estreito, Taquari, Triunfo, Santo Antônio da Patrulha, Mostardas, Povo Novo, Santana das Lombas e Cachoeira, fazer o levantamento dos filhos de "casais de número". Admite, em conseqüência, que até o ano de 1754 houvessem entrado 585 casais, totalizando 2278 pessoas, vale dizer, dois terços da população geral do Continente, segundo cálculos do mesmo autor.
Fonte: Cesar, Guilhermino. História do Rio Grande do Sul, Período Colonial. Porto Alegre, Ed. Globo, 1980.

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