.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Viva a Copa!

* Por Jorge Amaro de Souza Borges
 

É impressionante, mas como a Copa 2014 está sendo importante para o Brasil! Além do evento em si, dos problemas e especialmente, dos benefícios que vai gerar, ela já tem uma grande virtude: a de desacomodar a população brasileira, mostrando claramente nossas fraquezas, demandas e virtudes.
 
A Copa nos fez questionar o papel da educação e da saúde, nos fez discutir o preço da passagem e o tema da mobilidade urbana!

A Copa movimentou obras em todo país, e nos fez discutir o valor das mesmas e quais realmente eram prioritárias! E nos mostrou a escassez de mão-de-obra, o monopólio das empreiteiras e tantas demandas estruturais que possuímos, resultado de décadas sem investimentos no país.

A Copa nos colocou na rua! Sim, pois é na rua que as transformações da sociedade ocorrem de fato, como destaca Sebastião Paixão quando diz que a
rua é o ambiente natural da vida democrática e, assim o é, porque o abrir das flores da liberdade precisa do terreno fértil de um espaço público saudável. 

E agora? O que devemos fazer? Quais os caminhos a seguir?

Há grandes mudanças estruturais a fazer no país. Essencialmente, a reforma política é uma delas, senão a principal. O sistema atual se mostra cada vez mais fracassado. E a reforma do judiciário é fundamental para combater suas regalias descomunais.
 
Para mudar, só com o povo na rua mesmo!!!

O primeiro passo foi dado através de uma catarse coletiva de indignação. Agora vem o momento mais complexo! O que queremos de fato? Um Brasil melhor? O que seria isso? Um país com educação de qualidade, saúde digna, acessibilidade universal, respeito ao meio ambiente, igualdade de gênero, sem homofobia e racismo, enfim, cada um de nós tem em mente o seu conceito de país melhor. Mas qual o Brasil possível?

Este foi o grande desafio que a Copa nos colocou! E não podemos fugir deste debate, que tem lado, partido e ideologia sim, pois nenhuma decisão é neutra!

Todas as mudanças precisam de transição, compromisso, responsabilidade e pactuações. Que toda esta energia utilizada nas manifestações esteja presente nos espaços da democracia, muitas vezes pouco utilizados. Lembro que este ano são nada mais nada menos do que 12 conferências nacionais que ocorrem no país. Estão ocorrendo etapas municipais e estaduais em todas unidades federativas! Qual nosso protagonismo nestes espaços? Como está sendo isso em seu município?

Que as ruas ecoem pela nossa consciência de cidadania e transformações sociais e que possamos construir no presente, um futuro que não seja mais do mesmo!

"A democracia não é apenas a lei da maioria, é a lei da maioria respeitando o direito das minorias." (Clement Attlee)

Nenhum comentário: