O Grupo Maricá, entidade ambientalista de Viamão está representado na Rio+20 por seus ativistas Jorge Amaro e Edison Kern.
A entidade se revezou participando de atividades no Rio Centro, Parque dos Atletas e Aterro do Flamengo.
Amaro representou a REAGI (Rede Gaucha Integradora de Educação
Ambiental) e a REASUL (Rede Sul-brasileira de Educação Ambiental), elos
da REBEA (Rede Brasileira de Educação Ambiental) em vários espaços de
articulação política dentro da Cúpula dos Povos.
Também esteve presente no processo oficial, no Diálogos pelo
Desenvolvimento Sustentável (DDS), representando a sociedade civil.
Na sexta-feira (15/06), no Museu de Arte Moderna (MAM), redes da
malha da REBEA realizaram um diálogo inter-redes, com a proposta de
pensar a rede, discutir uma agenda de lutas pós-Rio+20.

Também foi abordado que faltam pautas comuns para os educadores
ambientais. Amaro destacou que temas como o Programa Dinheiro Direto na
Escola (PDDE) para educação ambiental e a Conferência Infanto-juvenil do
Meio Ambiente devem ter participação das redes em sua execução. Outro
elemento do debate foi à disputa política pela EA.
II Jornada Internacional de Educação Ambiental
O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis de
Responsabilidade Global resultou da 1ª Jornada de Educação Ambiental
realizada no Rio de Janeiro em 1992, durante o Fórum Global da Eco/92,
paralelo à 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento Rio/92. O Tratado é um processo dinâmico em permanente
construção que tem como diretriz básica o reconhecimento do papel
central da educação na formação de valores e na ação socioambiental. Ele
compromete-se com o processo educativo transformador com envolvimento
de pessoas, de comunidades e nações para criar sociedades sustentáveis e
eqüitativas.

A 2º Jornada de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global propõe um novo processo, com novas demandas e
responsabilidades. Ela foi assumida por ONGs brasileiras e
internacionais e conta com apoios de governos, empresas, universidades e
abre oportunidades para se mobilizar novos olhares sobre o Tratado de
Educação Ambiental, mantendo sua característica participativa em âmbito
planetário.
Jorge Amaro participou do processo e destacou que “Neste momento de
profundas mudanças paradigmáticas para o planeta e a humanidade, em
especial no contexto das mudanças climáticas, a Jornada Internacional do
Tratado de Educação Ambiental surge como um processo educacional de
magnitude por dialogar, em dimensão planetária, sobre a importância de
tornar a Educação Ambiental central nos processos da educação, da gestão
e da vida cotidiana.”
A principal ação resultante da Jornada foi o lançamento da Rede
Planetária de Educação Ambiental para divulgar e fortalecer os
princípios do Tratado. Segundo a coordenadora da Jornada, Moema Viezzer a
meta para a formação e estruturação da Rede Planetária é de três anos, e
ao longo desse processo ocorrerão diversos espaços de diálogos. Está
sendo criado um grupo facilitador internacional, e também será fomentada
a criação de grupos por regiões em prol da estruturação da Rede
Planetária de Educação Ambiental.
Circulo de Diálogos
Com o tema “Tecendo Sonhos Enlaçando a Governança das Universidades
em Redes - Rumo às Comunidades Sustentáveis” a REASUL, Rede de Educação
Ambiental do Paraná (REA-PR) e Rede de Educação Ambiental da Alta
Paulista (REAP) estabeleceram um grande debate propostas para a
Sustentabilidade das Universidades em uma Atividade Autogestionada.
Jorge Amaro foi um dos panelistas, onde apresentou uma proposta de
que as universidades precisam de políticas institucionais de
sustentabilidade, com enfoque em gestão e educação ambiental, envolvendo
currículo, gestão e extensão. É um desafio colocado ao ensino superior
que ainda não possui políticas institucionais neste sentido.”
Diálogos pelo Desenvolvimento Sustentável
Encerrou-se na terça-feira (19/06) um capítulo polêmico da
trajetória da Rio+20, no que se refere à interação entre o governo
brasileiro e a sociedade civil. O espaço semioficial dos DDS (Diálogos
do Desenvolvimento Sustentável), promovido pelo Governo Federal entre os
dias 16 e 19 de junho, com o apoio da ONU (Organização das Nações
Unidas), que buscou firmar-se como uma inovação de processo
participativo no contexto do sistema multilateral.
Ao convidar cidadãos e cidadãs de todo o mundo para identificar e
eleger prioridades em 10 temas relativos ao desenvolvimento sustentável,
o Governo brasileiro declarou a intenção de recolher propostas
concretas para a Rio+20 e também para o período que se segue à
conferência. Indiretamente, esperava-se que os Diálogos pudessem
influenciar as negociações oficiais em curso.
À luz das experiências de participação e diálogo que hoje são
referências consolidadas no Brasil, incluindo as diversas iniciativas do
próprio Governo Federal desde 2003, ou mesmo anteriores, os DDS não
incluiram elementos essenciais de um diálogo. O foco em excusivamente em
propostas afirmativas mas genéricas, em frases resumidas, eliminou das
das recomendações finais as divergências e ponderações que caracterizam a
complexidade da discussão sobre desenvolvimento sustentável. A inclusão
das diferenças não comprometeria a escolha de prioridades. Sem elas,
entretanto, esvazia-se o caráter reflexivo, o aprendizado e a
apropriação dos temas tanto por parte dos envolvidos quanto por parte do
público em geral e da imprensa, que terão acesso apenas a propostas
simplificadas.
Jorge Amaro, participou desta etapa oficial. Para ele “Os DDS
representam um primeiro passo de inovação, que com as necessárias
melhorias, pode ser replicado e aperfeiçoado em oportunidades futuras.
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